Hoje é
um dia de celebração. Estamos celebrando 500 anos que Lutero rompeu com a
igreja católica, fazendo assim que o cristianismo sofresse uma grande racha. A
idéia da Reforma era romper com os ensinos equivocados da Igreja, mostrando
entre outras coisas que a salvação poderia ser alcançada sem a intermediação do
clero - Salvação pela graça! Isso foi inovador, maravilhoso, e mudou
drasticamente a maneira de nos relacionarmos com Deus e com a Bíblia.
Ocorre
que, quando olho para mundo religioso não vejo protesto, não vejo distinção.
Infelizmente o protestantismo não foi tão fundo como poderia ter ido, e nós em
muitos assuntos ainda partilhamos ensinos da Igreja de Roma como se fossem
realmente verdade.
Só a
título de exemplo, e poderia citar muitos mais, vamos pensar na teologia da
prosperidade. Os padres católicos vendiam suas indulgências em troca das
ofertas e dádivas do povo. Para serem salvos, ou mesmo para salvar um familiar
do inferno, bastava pagar à Igreja a quantia estabelecida e pronto, o milagre
aconteceria.
Bom,
não é isso que acontece em muitas igrejas atualmente? São oferecidos todo tipo
objeto (meia, fronha, vassoura, lenço e etc) em troca da fé em forma de recurso
financeiro. Promessas de fartura e abundância financeira são feitas àqueles que
tiverem fé suficiente para doar para a igreja o valor estipulado.
Esse é
um exemplo, mas poderíamos falar muito mais coisa (fica pra outra hora). O fato
é que o tal rompimento com a com Igreja Católica ainda não é pleno. Muito do
nosso cristianismo ainda está mergulhado em pressupostos católicos que,
consciente ou inconscientemente tem nos ligados à igreja católica mais do que
imaginamos.
Meu
propósito aqui não denegrir ou criticar a fé católica, mas questionar o
posicionamento de tantos “crentes” que gostam de falar detonar dos “católicos”
sem saber ou reconhecer que a doutrina protestante, pentecostal ou
neopentecostal está submersa nos ensinamentos da Igreja de Roma.
Se é
pra protestar, então protestemos direito. Concordemos com a Bíblia, e deixemos
as tradições e opiniões fora da discussão. “Sola Scriptura”