quinta-feira, 30 de maio de 2019

Não se esqueça - João 5:14



Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Veja que já estás curado; não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior.” João 5:14

No oficio pastoral nos deparamos com situações variadas. As pessoas – o rebanho, procuram o pastor por diversos motivos. Problemas financeiros, dificuldades no casamento, problemas com os filhos, depressão, ansiedade, e muitos outros temas tomam conta das nossas conversas. Como pastor, nosso papel não é julgar, mas tentar ajudar mostrando possibilidades de solução baseadas na Palavra e vontade de Deus. Por vezes algumas situações são demasiadamente complexas, e honestamente não temos respostas para muitas dessas situações. Nesse momento nosso diálogo às vezes consiste em chorar junto com a “ovelha”, abraça-la, e tentar falar através dos gestos, dos atos de amor. 

Mas tem o outro lado dessa moeda. Como eu disse acima nosso papel não é julgar, não podemos condenar as pessoas por suas “más ações”, contudo não podemos deixar também de falar a verdade, não podemos nos omitir. Dessa maneira, em algumas situações também será preciso repreender, corrigir, disciplinar a “ovelha” para que ela não se perca.

Em João 5:1-18 existe uma um relato de um paralitico que foi curado por Jesus. Esse episódio apresenta uma situação interessante, pois após curar o homem, diz o verso 14, Jesus se reencontrou com ele disse “olha que já estás curado; não peques mais para que não lhe aconteça coisa pior”. A declaração de Jesus mostra que em alguma medida, a situação que aquele homem vivia era consequência de seu pecado, de suas escolhas equivocadas. E mais ainda, Jesus deixa claro para o ex-paralítico que ele terá que mudar seu procedimento. Terá que mudar sua vida para que continue a gozar dos benefícios que a benção do SENHOR lhe trará.

Pensando sobre isso, lembrei-me de quantas vezes recebo pessoas em lágrimas, clamando por socorro, desesperadas por ajuda. Pessoas que realmente precisam de apoio, mas mais do que isso precisam da ação de Deus, da intervenção divina. Nesse momento, nós pastores oramos, pedimos a Deus que seja misericordioso e bondoso com aquela pessoa. Em muitos casos Deus atende essa oração, Deus se compadece do pedido daquela pessoa e concede a benção desejada. Mas o que acontece depois?

Vejo com frequência pessoas que ao conseguirem o emprego que tanto precisavam para suprirem suas necessidades, ao receberem a cura da doença que lhes afligia, também ao verem o cônjuge ou filhos abandonarem os vícios, esquecem-se de Deus. Não se voltam a Deus para agradecerem, nem sequer retornam àquela mesma igreja ou escritório onde nos encontramos anteriormente. Não se dão ao trabalho nem mesmo de orarem a Deus agradecendo as bênçãos alcançadas.

Em muitos casos, os agora abençoados, vão “curtir” o novo salário, vão passar tempo com o filho que estivera longe. E não que isso seja errado, mas é preciso lembrar que todo sucesso, cura e demais bênçãos que recebemos devem nos aproximar mais de Deus. Aqui é exatamente o ponto em que as palavras de Jesus ao paralítico devem fazer sentido para nós: “não peques mais para que não aconteça coisa pior”. “Não peques” esquecendo-se de quem é Deus e o que Ele tem feito na sua vida. “Não peques” deixando de agradecer a Deus por ouvido você. “Não peques” deixando de ser fiel a Deus na mordomia do seu tempo, dos seus recursos, seus talentos e seu corpo.

Sejamos gratos a Deus pelos favores que ele tem nos concedido, e nos esforcemos para vivermos à altura das bênçãos que o SENHOR tem nos dado.   


Pluralismo Religioso

Andei lendo, vendo, e pensando em algumas coisas. Fiquei tão impressionado e preocupado que resolvi escrever sobre o assunto, espero que d...