segunda-feira, 17 de junho de 2019

Sofistas Modernos - 2Timóteo 4:3-4

Atualmente é difícil explicar o que é “filosofia”. Ouvimos alguém dizer: “temos um novo chefe no setor, e por isso uma nova filosofia de trabalho”. Também podemos ouvir um jornalista esportivo dizer algo como: “este time de futebol tem um novo técnico com uma nova filosofia de treinamentos.”

Estes pensamentos sobre filosofia não estão necessariamente errados, mas não tratam da filosofia do ponto de vista mais acadêmico ou formal. Filosofia como campo de estudo pode ser definido como a busca pelo conhecimento através da análise, crítica e questionamento. Desse questionamento podem surgir novas ideias, novos saberes, e até novas dúvidas, e isso não é problema algum.

O problema talvez seja quando alguém se intitula filósofo e começa fazer questionamentos ilegítimos, gerando assim “novos saberes” que não resistem a cinco minutos de análise, crítica ou questionamentos. Nem ao menos servem para gerarem novas perguntas. Você encontra isso entre os professores, entre pedreiros, entre médicos, donas de casa, e também entre pessoas religiosas, incluindo alguns líderes. Ou seja, qualquer pessoa pode sair por aí falando besteira e chamar aquilo filosofia.

Falando especificamente do campo religioso, vejo que sempre aparece alguém com uma nova revelação, nova doutrina, ou quem sabe um novo movimento religioso. Vez por outra temos um “novo filósofo” ensinando aos fieis um absurdo maior do que o outro. E o pior não é o tal mestre se dispor a ensinar algo errado (intencional ou não), mas o que incomoda mesmo são as pessoas aceitarem tais ensinos, sem fazerem perguntas, sem análise, crítica ou questionamentos.

Por volta do ano 600 a.C. existiu uma espécie de filósofos (se é que podemos chama-los assim) que era conhecida por seu poder de convencimento, pela sua bela oratória. Estes eram os sofistas. Durante muito tempo eles foram admirados por muita gente. Falavam bonito, falavam o que as pessoas gostavam de ouvir. Contudo eles tinham um problema grave, eles não falavam a verdade. Todo seu conhecimento era falso. Com a boa oratória enganavam as pessoas, e assim vendiam (literalmente) seu conhecimento. Platão chegou a dizer que eles eram charlatões, ilusionistas, capazes de criar, graças a ignorância do público, uma falsa aparência de sabedoria, verdade ou conhecimento. Eles eram falsos mestres!

Em 2 Timóteo 4:3 e 4, Paulo fala sobre pessoas que se deixariam levar pelos falsos mestres. Ele diz: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.”.

Paulo é claro em declarar que existem falsos mestres, falsos ministros que ensinam mentiras, e como os antigos sofistas, usam sua oratória e eloquência para enganarem e extorquirem aqueles que se deixam serem enganados, aqueles que não estão dispostos a analisar e questionar. Pior ainda o apóstolo Paulo afirma que os seguidores desses falsos mestres vão virar as costas para a verdade, preferindo as fábulas, os contos, as tradições.

Nesse ponto, eu arriscaria dizer que, muitos seguidores dessa versão moderna dos sofistas, preferem acreditar no que o líder fala, no que naquilo que Deus diz através de sua Palavra. Preferem confiar na fala de um pastor do que gastarem tempo estudando e obedecendo o que o SENHOR nos prescreveu.

A falta de conhecimento favorecia a existência dos sofistas, e essa mesma falta de conhecimento faz crescer o número de falsos mestres no mundo religioso. Os antigos sofistas não morreram, apenas passaram a usar terno e gravata. Tome cuidado, Não se deixe enganar por qualquer “filosofia”!

Que Deus te abençoe!

Pr. Vanius Dias

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