Falai de tal maneira e de tal
maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. (Tiago
2:12)
Existe uma ideia de que “tudo é
relativo”. Em resumo isso quer dizer que não existe certo ou errado. O que é
verdade para uma pessoa não é necessariamente verdade para outra. Uma pessoa,
por exemplo, pode ter o hábito de falar palavrões e achar isso absolutamente
normal, enquanto outra pessoa não consegue nem mesmo ouvir uma palavra de baixo
calão. Um aprendeu e entendeu que é normal falar determinados termos por mais
chulos que pareçam já outro entende que isso é absolutamente intolerável. Quem
está certo e quem está errado? Pensando com a cabeça de um relativista, ninguém!
Isso mesmo, ninguém está errado por que depende de cada um fazer o juízo da situação.
Vamos falar de sexo por exemplo.
Para algumas pessoas o sexo está reservado para o casamento, e por isso o indivíduo
deve ser guardar, se manter virgem até que encontre a pessoa certa, “o amor da minha
vida”, e então se casa no civil e no religioso para só depois disso terem a tão
aguardada noite de núpcias. Já para outras pessoas o sexo pode ser feito desde
que a pessoa esteja psicologicamente e fisicamente preparada. Existem pais que
conversam com os filhos adolescentes e os ensinam que devem usar preservativos
para não contraírem alguma doença ou para não engravidarem. Para esses pais
fazer sexo é algo normal e não há nada que impeça um jovem de faze-lo desde que
se prepare e se proteja. Neste caso quem está certo e quem está errado? A
resposta relativista é a mesma: Ninguém. Não existe certo ou errado, afinal de
contas cada um tem a sua verdade, e, portanto não deve haver juízo de valor em
nenhuma das duas situações.
Isso não é novo. Protágoras, (não
confunda com Pitágoras) um filósofo sofista que viveu por volta do século V
a.C. tinha a ideia de que não existem valores morais absolutos. Na visão de
Protágoras cada ser humano é a medida do certo e do errado, ou seja, cada
pessoa define o que deve ou não fazer avaliando pelo seu entendimento se aquilo
é moral ou imoral. Desta forma a sociedade não pode ditar as regras, pois cada
pessoa tem o direito de escolher o que é certo ou errado, o que é bem ou mal. O
sofista dizia que se uma pessoa estiver em uma temperatura de 35º C dizendo que
esta sentindo o calor, e outra pessoa chegar dizendo que está sentindo frio, o
primeiro não pode dizer que o segundo está mentindo. O critério é a opinião de
cada um, não o que o termômetro está registrando. Para Protágoras nada pode ser
definido como verdadeiro ou falso, é a mente humana que define o sentido moral
de cada atitude. Mas honestamente, parece que temos um problema aqui, não acha?
Embora Protágoras tenha vivido há
mais de 2500 anos parece que esse tipo de pensamento é bastante comum
atualmente. Com a justificativa da pluralidade, do respeito à opinião alheia,
qualquer coisa pode ser verdade hoje em dia, e principalmente entre os mais
jovens. Cada pessoa, em nome da sua liberdade, cria sua própria verdade e seu
próprio critério para justificar sua conduta. Seguindo esse pensamento, o
ladrão sempre terá uma justificativa para roubar, o mentiroso também terá seus
motivos para mentir, o glutão poderá justificar sua falta de postura na mesa de
jantar, o assediador terá seus motivos para assediar.
Hoje muitas pessoas querem
justificar seus erros ao invés de corrigi-los. Magoamos as pessoas e buscamos
formas de justificar nossas ofensas, nossos insultos, nosso preconceito. A Bíblia
é muito clara em afirmar que todos nós um dia compareceremos diante do tribunal
de Deus para sermos julgados segundo nossos atos (Gn 2:9,16,17; Dt 30:19; Jo 5:28,29; Rm 14:10; Tg 2:10-12). Isso quer
dizer que existe um padrão, existe uma regra, uma norma pela qual todos devemos
nos orientar, e seguramente essa regra não é a opinião de Protágoras, nem a minha
ou a sua opinião. Não existe uma verdade relativa, a vontade de Deus é clara, é
absoluta (Ex 20:1-17; Mt 5-7).
Penso que está na hora de
revermos nossas atitudes, nossos motivos. Nem sempre termos razão e nem tudo
que julgamos estar certo ou sem importância é de fato assim. A norma é a
Palavra de Deus, e se você crê de fato que existe um Deus está na hora de aceitar
que Ele espera mais de você. Chega de usar aquela expressão famosa: “não vejo
nada de mal nisso”. Você não vê problema, mas o que o Deus onisciente enxerga? Deus
não quer que nos expliquemos ou nos justifiquemos (Cristo faz isso por nós – leia
Romanos 8:1), Ele quer que mudemos e façamos o que é certo (Dt 30:19).
Pense nisso!
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